quarta-feira, 27 de julho de 2011



E o beijo na boca. Choradinho.
O toque da língua, A língua na língua, saboreando.
A língua no dente.
O dente no lábio.
O gosto de sangue no beijo...



Me lembrei que gostoso era você me abraçar pelas costas.
O corpo bem juntinho ao meu. E, abrindo passagem na longa cabeleira, o beijinho na nuca.
A pressa nenhuma. A mão no seio no seio do seio.
De olho fechado para sentir melhor o amasso do corpo, o beijo na nuca.

Quero sentir os teus beijos pelo corpo me ungindo com o mais afrodisíaco dos óleos.
Quero mordida doída na bundinha em flor.
Do macho a gente espera fatal o beijinho molhado e o tabefe ardido de mão aberta.

Mas onde está você, cego e surdo, que não responder?

Sem vontade de sodomizar essa cadelinha que te ama e tanto deseja?
Eis-me aqui, à mercê dos teus caprichos e delírios.

E cadê você? nem um pio.





Nem sequer a xotinha mais te excita? Monto lépida o ginete empinado, a tua cabritinha selvagem dos montes.
Toda me contorço e revoluteio dando e roubando beijo e palavrão amoroso.

Nunca mais, seu puto, me fará gozar?

Ordene que eu obedeço.
Ficar de pé no armário, portas e pernas abertas?
Ou rendida me ajeitar de quatro?
Me ofereço sem reservas às tuas massagens erógenas do eunuco na odalisca preferida do Sultão
- e você indiferente nem pisca?







Chupo, amor, na frente do espelho, se pedir.
Levanto um canto do vestido para você ver as nalgas rosáceas.
Ou baixo o decote para vislumbrar as duas tetinhas, também elas de joelho, suplicantes por uma carícia furtiva.
Ou ainda nua e descabelada, prontinha às tuas ordens, no falo felação faço.

Será que o meu senhor já não gosta?





Daí me ponho de joelhos e descerro o teu zíper com mais devoção que uma samaritana descalça...
Isso mesmo; sou uma putinha para você se servir.
Em adoração, eu beijo dardejo lambo. E a-bo-ca-nho com toda a gentileza.

É o meu quindim da Tia Ló!
E lambisco e mordisco tamanha doçura que já me arrepia lancinante o céu da boca.

A cabecinha entre os lábios, ao ritmo frenético da língua enlouquecida. Afinal todo o ferrão de fogo e mel, uai, a tua cimitarra de profeta inteirinha na boca - e pode não querer?





Amor,

Comprei um vestido novo. (Nada como quem trabalha!)
O tecido é tão fino, parece que estou sem roupa.

E onde está você para apreciá-lo, com teus mil beijinhos no pescoço ?
Eu aqui linda, só para te agradar...

E você, nada? Já não me quer?

Não te emocionam as coxas mais frescas e lisas que o vestido?
Já não te apetece sopesar na concha da mão o seio do biquinho ereto assim a ponta fina de uma caneta BIC?
Não te comove a lua bochechuda da minha bundinha empinada?
Covarde! Ingrato! Soberbo!
Não sabe o que está perdendo...
Só me ver neste vestidinho faria vc açular a fogosa matilha dos teus vícios mais perversos.
E desmaiaria entre ais ao simples roçar do precioso tecido.

Já serpenteio o strip da Virgem Prometida ao Minotauro - e tudo mostro sem nada tirar.
Requebrando no salto agulha, assim gostosa, frente a atrás, se você pedisse.

Mas não pede... Me esqueceu para sempre?
Pra você já não existo?

E a delícia única de ouvir: Aí, putinha, de você eu quero tudo!
Você deixa, meu amor? Só prá mim, você deixa? Tudo?

(...)